FOTOS: Victor Ferreira/ECV
Uma década após ter deixado o Vitória, Dankler está de volta. Oficialmente apresentado nesta terça-feira (27), o zagueiro de 30 anos de idade (24 de janeiro de 1992), confessa estar feliz.
Ele recebeu do presidente Fábio Mota as honras, vestiu o manto rubro-negro com o número 3 nas costas e personalizada.
“É com prazer que a gente anuncia esse retorno. Dankler passou muito novo pelo Vitória, saiu, rodou o mundo todo, fez carreira fora do Brasil. Está hoje na idade madura, bem experiente e tenho certeza que vai ajudar bastante nessa caminhada nossa. É uma caminhada longa e tem como objetivo principal voltar para a Série A. Mas, que antes disso, tem Copa do Nordeste, Baiano e Copa do Brasil. Então, com alegria que a gente anuncia Dankler como jogador do Vitória, contrato de um ano e que vai nos ajudar. Bem-vindo, Dankler”, saudou o presidente.
Dankler começou a coletiva explicando o imbróglio que resultou na saída em 2012, após surgir como grande revelação na divisão de base do clube e disputar algumas partidas pelo profissional.
“Primeiramente, quero agradecer a Deus pela oportunidade do retorno. O que me motiva é a história que eu sempre tive, a criação com o clube desde a infância. A minha família que, grande parte, torce pelo Vitória. Muito também pela minha saída, da forma qual eu saí no passado. Não tive a oportunidade me expressar e trazer a verdade de toda a história. Quando sai, Deus tinha me prometido que um dia retornaria para que tudo pudesse ser esclarecido e, obviamente, poder trilhar os meus caminhos aqui no clube, ao qual sou grato porque foi o clube que me revelou e deu oportunidade de construir a carreira que construir após sair daqui. Essa gana de voltar e poder ajudar ao clube e colocar o Vitória também no lugar que jamais devia ter saído, que é a primeira divisão do futebol brasileiro. E à minha família, meu filho nasceu tem pouco tempo e preciso estar um pouco em casa agora”, comentou o zagueiro.
Dankler esclareceu que ao retornar de uma competição na Alemanha com o time Sub-20, recebeu três propostas do Bayer Leverkusen, da Alemanha, Sporting, de Portugal, e Real Sociedad, da Espanha, para jogar fora do país. Inicialmente, foi negada a sua liberação e então começou a negociação para a renovação de contrato. Jogou algumas partidas pela Série B e despertou o interesse de mais três clubes, todos eles do futebol brasileiro – Botafogo, Corinthians e Grêmio. Não conseguiu chegar a um acordo nos valores para renovar. Revela que abriu mão até de uma certa quantia para continuar, mas não chegando a um bom termo, optou por ir jogar no Botafogo depois de ter assinado após assinar um pré-contrato e ficar um ano sem jogar.
“Falaram até que coloquei o Vitória na justiça e não fiz isso pelo amor ao clube. Pode pesquisar. Eu esperei um ano para sair. Estou com a minha consciência tranquila”, confessa.
Natural de Salvador, Dankler depois que saiu do Vitória e foi para o Botafogo, atuou em mais um clube brasileiro, o Joinville (SC). Na temporada de 2015, ele iniciou a peregrinação pelo exterior. Estoril Praia, de Portugal, foi o primeiro primeira parada fora do país. Defendeu em seguida, o Lens, da França; Vitória FC, de Portugal; atuou em dois times japoneses, Vissel Kobe e Cerezo Osaka, e encerrou a trajetória internacional na Arábia Saudita nos anos de 2020,21 e 22 jogando pelo Al-Ahli Jeddah.
“Por todos os países, por todos lugares onde eu passei, foram lugares que contribuíram para o meu crescimento. Porém, no Japão, foi realmente o lugar onde assim evolui muito em termo técnico, em termo de experiência e tudo. Joguei com espanhóis Iniesta (espanhol), e Lucas Podolski (alemão), Davi Villa (espanhol). O clube (Vissel Kobe) tinha ambição de ganhar títulos que não tinha e no primeiro ano que cheguei ganhamos dois títulos. Foi um dos melhores momentos da minha carreira. Depois da minha passagem pelo Japão, o mês crescimento foi absurdo. Graças a Deus consegui manter pela Arábia Saudita e espero dar continuidade nessa evolução aqui no Vitória também”, afirmou.
Dankler ficou impressionado com a estrutura que encontrou ao regressar para defender o Rubro-Negro.
“Hoje, com certeza, o Vitória muito mais estruturado falando em todas as áreas. Alguns profissionais ainda se encontram aqui, isso é importante também, a relação que o clube tem de manter essas pessoas que têm importância dentro do clube. Acho que a mentalidade também, a ambição de conquistar grandes coisas, de voltar para a Série A. Tem um presidente que facilita esse trabalho de tentar dar as melhores condições dentro do que ele pode fazer. Fico muito feliz de ter saído daqui e encontrar hoje uma estrutura em evolução. O clube está construindo um novo espaço lá em cima sempre para melhora dos atletas e dos que aqui estão. Está correto, o Vitória é um clube grande, de Série A e para estar entre os melhores do Brasil. A estrutura tem que ser de clube grande”, destacou.